Pelo menos oito igrejas foram incendiadas no Níger, em
manifestações nessa sexta-feira (16) na capital Niamey, contra a publicação,
pelo semanário francês Charlie Hebdo de uma caricatura de Maomé.
Segundo a AFP, houve manifestações também em Maradi, uma
cidade localizada entre a capital e Zinder, a segunda cidade do país, que
deixaram quatro mortos e 45 feridos.
Cerca de 300 cristãos estão atualmente sob proteção militar
em Zinder. Segundo uma fonte das forças de segurança, 255 cristãos foram
encontrados escondidos em uma caserna.
Mais 70 cristãos encontram-se em uma igreja evangélica,
protegidos pela polícia e a Guarda Nacional, disse um dos evangélicos
refugiados.
Contra a onda de violência, 20 ulemas (teólogos muçulmanos)
pediram calma nas ruas da capital e de outras cidades do país.
"Não se esqueçam que o Islã é contra a violência",
disse o pregador Yaou Sonna na emissora de televisão pública do Níger.
As oito igrejas incendiadas, a maioria de culto evangélico,
localizam-se à margem esquerda do Rio Níger, algumas em aldeias.
As manifestações começaram, hoje à tarde, a voltar-se para a
margem direita do Níger, onde ficam outras igrejas cristãs.
Bares, hotéis, tabernas e várias lojas pertencentes a não
muçulmanos ou empresários ligados a empresas francesas também foram destruídos.
Uma fonte das forças de segurança disse que os tumultos em
Niamey foram causados por seis grupos de 200 a 300 manifestantes armados com
paus, barras de ferro e picaretas.
Segundo os noticiários de outras agencias, pelo menos 40
templos foram incendiados e seus símbolos cristãos foram destruídos, além de
duas igrejas Evangélicas Presbiteriana Viva, administrada pelo Pastor Roberto
Gomes, com sede em Volta Redonda, foram
incendiadas, além de uma escola para de 350 pessoas, que foram completamente
destruídas e saqueadas.
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